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sexta-feira, 21 de novembro de 2008


Educação empreendedora


Seu filho é um empreendedor? Você pode educá-lo para ser um empreendedor? Você sabia que o conceito moderno de empreendedorismo está vinculado a qualquer tipo de sonho?
É comum conectarmos a palavra empreender a negócios. Mas não é sobre negócios que vamos falar. O empreendedor que nos interessa aqui é aquele que tem uma postura pró-ativa em relação ao mundo e vai em busca da realização de seu sonho, qualquer que seja ele, qualquer que seja a área.

Segundo o educador Sérgio Godinho, o empreendedor é aquele que realiza algo trabalhoso, desafiador, move mundos e fundos para alcançar um intento. Mas acreditamos que para ser um indivíduo com esse perfil é preciso ter um dom, que somente alguns privilegiados o tem. Será? Na verdade, atitudes e comportamentos de um empreendedor são passíveis de aprendizagem. Nós que nem sempre somos educadas para reconhecê-las e valorizá-las.

Vejamos as características empreendedoras listadas pelo autor Fernando Dolabella: energia, auto-estima, criatividade, tolerância ao erro, liderança, ousadia, rede de relações, persistência, conhecimento específico. E para desenvolvê-las, as crianças necessitam do estímulo da família. Claro que as pessoas nascem com certas vantagens em relação a outras, mas todas essas características podem ser construídas e aprimoradas. Evidente que vai depender do esforço empenhado.

O espírito empreendedor vai sendo conformado com as mensagens e os estímulos que o indivíduo recebe desde criança. A construção de uma elevada auto-estima vai depender, entre outros aspectos, do amor que se recebe dos pais, se esses valorizam as singularidades dos filhos, potencializando desejos e talentos. Um líder se fortalece se o indivíduo é incentivado a resolver seus próprios problemas, a tomar decisões. Ver o erro como aprendizagem e não como vergonha vai depender se a falha é crucificada ou encarada como uma tentativa de acerto, se o indivíduo é estimulado a fazer novamente e não avaliado como fracassado. A ousadia pode ser construída deixando o filho experimentar, arriscar, claro que salvaguardando a integridade física e mental dele. Criativas, espontâneas já nascem as crianças, e para que a criatividade não seja soterrada é importante que não fiquem só repetindo o que os outros fazem.

Como se vê, são muitas as atitudes que vão ajudar o filho a crescer empreendedor. Depende também se ele vai aprendendo a resolver por si os problemas, se é estimulado a perguntar, a dialogar, a exercer o direito de escolhas, se é apresentado ao mundo das artes para educar o olhar. É bom lembrar que quanto mais oportunidades, maior a chance de desenvolver o espírito empreendedor.

O mais importante é deixar o indivíduo sentir-se no direito de ter um sonho e fazê-lo responsável pela busca da realização, o que implica em assumir uma postura pró-ativa. Não tem importância se o sonho no primeiro momento é vago, sem contornos específico, como “mexer com teatro ou com carros”. Os pais podem ajudar os filhos a entregar-se ao sonho, incentivando a obter informações ou mesmo mostrando caminhos para localizá-las. E assim os sonhos vão se delineando, definindo. Com mais conhecimento, percebe-se mais possibilidades e potencialidades que promovem ajustes nos sonhos. Por isso não há que se dizer que fulano ”não sabe o que quer, cada hora faz uma coisa”. Cada um tem seu ritmo, sua maneira de ser.

É preciso considerar também que as coisas podem perder ou alterar o significado. Num determinado momento um sonho fascina o indivíduo, mas a medida que se aproxima do objeto desejado, descobre-se não tanta afinidade, entusiasmo, e o objeto deixa de fazer sentido ou é ressignificado . Para conhecer, definir, só mesmo chegando perto, vivenciando. Muitas vezes fantasiamos, idealizamos ou descobrirmos nossos limites, e é preciso aceitá-los.

O importante é manter o prazer de buscar, de experimentar, tendo a coragem necessária para dizer não ou sim de acordo com o que toca o sujeito. E quando tocar, deve-se focar esforço e emoção na busca de um sonho que dá sentido à vida, faz o indivíduo amadurecer. Cabe lembrar que o indivíduo deve definir um projeto de vida pessoal coerente com sonhos, interesses e potencialidades.

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